segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Passeio pelo Parque Nacional da Tijuca

A previsão do tempo para este domingo era de chuva, e a julgar pela ventania durante a noite, parecia acertada. Então quando acordei em uma manhã de muito sol fui pego de surpresa mas já pensei em fazer algum passeio interessante.
Após ligar para a namorada e combinar rapidamente a saída, acabamos indo para a floresta, mas ao invés de irmos para alguma das trilhas de sempre, apenas estacionamos na Vista Chinesa e fomos andando pela simpática estrada Dona Castorina.
De quebra ainda trouxe alguns pedaços de galhos de uma árvore de madeira muito boa que havia caído durante as últimas chuvas, bloqueando a estrada. Estes estavam já cortados pela Prefeitura na margem da estrada. Eu e meus artesanatos...
Aí seguem algumas fotos:
O Rio a partir da Vista Chinesa
Detalhe da representação de um dragão chinês
Aguardando a sessão de fotos da namorada terminar
E lá vamos nós...
Pausa na mesa do imperador para uma água
Mesa de piquenique mais parecia local de cerimônias pagãs
Três pombos imaculadamente brancos que estavam de olho na gente
Escolhendo um pedaço de galho para levar, tenho certeza de que se prestará a algum artesanato útil
E mais estes aqui...
O caminho, ainda mostrando os estragos das últimas chuvas de verão


Resumindo, este foi mais um dia com ar puro, paisagem de muito verde, algumas belas fotos e uma manhã de domingo bem aproveitada, em meio a locais recheados de história. Espero que tenham gostado.

Te vejo na trilha!

Resumo histórico dos locais visitados:
O Parque nacional da Tijuca -   É uma marca registrada do Rio de janeiro. Foi imortalizado e divulgado mundialmente graças à estátua do Cristo Redentor. O mesmo corta a cidade em duas, fato que o torna uma vista quase onipresente onde quer que se esteja.
Os paredões verdes, entretanto, não foram sempre assim. O café que chegou ao Rio ainda no século XVIII fez com que suas matas fossem devastadas, e a chegada da família real em 1808 piorou a situação. A partir de 1840 a devastação era tal que comprometeu seriamente o abastecimento de água ao passo que a população crescia. Na mesma década uma praga chamada borboletinha arrasou a  maior parte das propriedades cafeeiras, o que permitiu sua desapropriação. A partir de 1861 deu-se o imenso trabalho de reflorestamento da área afetada, utilizando-se mudas vindas de outras regiões. O tempo se encarregou do resto, e hoje em dia mal de pode crer que há um século não havia a floresta.
A Mesa do Imperador - Mandada construir nos limites da fazenda Nassau por Dom Pedro II, que passava ali horas a fio contemplando a natureza. Na verdade era comum toda a Família Imperial excursionar até o mirante com a mesa de granito para passar o dia e desfrutar de um piquenique regado a champanhe francesa. Os passeios ficaram mais fáceis a partir de 1857, quando o Barão do Bom Retiro, residente no Alto da Boa Vista, mandou abrir estrada carroçável ligando o Jardim Botânico á floresta. A estrada tornou o passeio à mesa acessível a carruagens, permitindo até aos idosos das tradicionais famílias cariocas o desfrute dos piqueniques. A estrada atual mantém seu traçado original. Em 1903, na administração Pereira Passos, a mesa foi reformada, ganhando o aspecto atual.
A Vista Chinesa - O nome se deve aos agricultores desta nacionalidade trazidos para o Rio de janeiro no ano de 1844, com o intuito de plantar arroz. A exemplo do acontecido com a tentativa de introdução do chá, o cultivo não vingou. Os trabalhadores acabaram sendo utilizados para a construção do que seria a Estrada Dona Castorina. Nesta obra, teriam feito seu acampamento onde hoje se localiza a Vista Chinesa, dando origem desta maneira ao primeiro nome de batismo do lugar: Rancho dos Chins, que depois evoluiria para o nome atual. A construção que se localiza lá atualmente também é do período Pereira Passos.

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